Páginas

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

A felicidade em minhas mãos

Logo eu que depositei o fardo de todo meu sorriso nos ombros dele. E da mesma forma, de toda minha tristeza, assim que me deixou. O fato de eu ser feliz ou não, não depende dele; e sim de mim. Eu sou a única pessoa da qual depende a minha felicidade.
Eu determino que serei feliz em cada situação e em cada momento da minha vida, pois se a minha felicidade dependesse de alguma pessoa, coisa ou circunstância sobre a face da Terra, eu estaria com sérios problemas.
Tudo o que existe nesta vida muda constantemente: o ser humano, as riquezas, o meu corpo, o clima, o meu chefe, os prazeres, os amigos, minha saúde física e mental. E assim eu poderia citar uma lista interminável.
Eu preciso decidir ser feliz independente de tudo o que existe! Se tenho hoje minha casa vazia ou cheia: sou feliz! Se vou sair acompanhada ou sozinha: sou feliz! Se meu emprego é bem remunerado ou não, eu sou feliz!
Eu sou feliz por mim mesma. As demais coisas, pessoas, momentos ou situações eu chamo de "experiências que podem ou não me proporcionar momentos de alegria ou tristeza". Quando alguém que eu amo morre, eu sou uma pessoa feliz num momento inevitável de tristeza.
Aprendo com as experiências passageiras e vivo as que são eternas como amar, perdoar, ajudar, compreender, aceitar, consolar.
Há pessoas que dizem: hoje não posso ser feliz porque estou doente, porque não tenho dinheiro, porque faz muito calor, porque está muito frio, porque alguém me insultou, porque alguém deixou de me amar, porque eu não soube me dar valor, porque meu marido não é como eu esperava, porque meus filhos não me fazem felizes, porque meus amigos não me fazem felizes, porque meu emprego é medíocre e por aí vai.
Amo a vida que tenho mas não porque minha vida é mais fácil do que a dos outros. É porque eu decidi ser feliz como indivíduo e me responsabilizo por minha felicidade.
Quando eu tiro essa obrigação do outro, deixo-o livre do peso de me carregar. A vida de todos fica muito mais leve.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Sobre lealdade e as promessas que fazemos

      É como dizem: "Deixar ir não é difícil. Difícil é decidir deixar ir". No começo, eu não queria me envolver, até achei que estava tudo sobre controle. Eu quis que você ficasse no revellion, mas me conformei. Me apaixonei por suas palavras-não-tão-sóbrias no "Tributo a Los Hermanos", mas ignorei seu pedido de casamento. 
      Me controlei para não segurar sua mão naquela apresentação de ballet. Te quis na Páscoa, na minha formatura, no hospital, no trabalho, e em todos os meus horários de almoço. Te quis ao acordar e todos os dias antes de dormir. Até aí, segurei meu coração, blindado contra caras que eram contra o amor e seus compromissos. Mas um dia, você me pediu pra ficar, organizar sua vida e cuidar de você. Me pediu pra te perdoar e fazer do "meu jeito". 
      Ah! O meu jeito. Talvez você nem soubesse o que pedira naquele dia. Meu jeito era te ter pra sempre. Era fazer planos com você e estar nos seus. Meu jeito era darmos um jeito em qualquer problema sem jeito que poderia aparecer pela frente. Era nos abraçarmos forte todos os dias seja em comemoração ou consolo. Era dar um jeito de aceitar todos os seus convites e te ver aceitando aos meus. Era esquecer o passado. E nos respeitarmos. E termos exclusividade.       Eu fiz isso por você (e por mim também). Eu estava "nessa" de verdade e gostava disso. Eu me aproximei de você e de tudo o que você amava. Eu sei seus medos, seus sonhos, suas bandas preferidas, seus dotes, conheço seu humor e alguns dos seus talentos. Eu me importei com você. Porque o meu jeito era te dar a mão e não soltar mais. E nos assumirmos. E mostrar orgulho de termos um ao outro. Meu jeito era nos apresentarmos como "namorados" aos nossos amigos. E viajar. E ir ao mercado. E poder te ligar pra dizer que estou com medo da chuva. E tocar seu interfone de surpresa sem parecer evasiva. E te chamar de "amor", sem parecer idiota. E nos beijarmos deliciosamente depois de um longo dia. Meu jeito era discutirmos, mas nunca dormirmos sem fazer as pazes. Acertarmos as arestas de um relacionamento novo, até que ele se tornasse velhinho e forte. 
      Era poder te mandar um bilhetinho a qualquer hora do dia, sem me sentir desconfortável. Um relacionamento desses de verdade, com você. Sei que eu fiz minha parte. E agora, tenho certeza de que você nunca quis fazer do " meu jeito". Porque esse jeito exige que os dois se doam. E quando eu precisei de mão, colo, atenção, um pedido de desculpas, de verdade, de exclusividade, respeito. Quando precisei que minha família e minhas coisas também recebessem um pouquinho de atenção, você virou as costas e foi embora.
      Exigindo que eu o deixasse em paz e vivesse a minha vida e não olhasse para trás. Desde então, todos os dias antes de dormir, eu abro uma foto sua e digo: "Eu o amo mesmo assim. Porque um dia, eu prometi que você não me perderia como perdeu o resto das coisas. Que estaria com você pra sempre ou até que se cansasse de mim". Foi aí que me deparei com duas brechas: 1) Se não queria se entregar, mentiu ou só se aproximou até sua tempestade passar (típico dos humanos),  2) Eu disse que estaria ao seu lado pra sempre (se dependesse de mim) ou até você se cansar ou enjoar. Ou seja, eu ainda serei leal (como eu sempre fui) se for embora, pois você desistiu e se cansou. Isso me dá o direito e me faz decidir "não olhar para trás". Adeus! Com o mesmo amor de sempre.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Busca

Tenho encontrado muitas pessoas, porém não encontro gente....
Há um vazio dentro de cada um, um processo de fechamento em sentimentos.
Encontro sorrisos, porém daqueles que expõem apenas 
os dentes, mas não a alma.

Encontro verdadeiras tocaias, e não corações.
Reservas insistentes da solidão.

Tenho encontrado pessoas medrosas, indecisas,
 escondendo-se de si mesmas.
Pessoas que dizem:
"Não sei...
Não sei se quero...
Não sei se posso...
Quando sabem exatamente o que querem e o que buscam, 
e não se arriscam ao menor impulso.
Pessoas duras, escuras, impossibilitadas de amar.
 Estas, cansei de encontrar...

Busco por  gente que empreste o ombro, que não tenha medo de dizer que levou um tombo.
Busco por gente que assuma que amar traz sofrer, e, com esta certeza, não venham a se esconder.
Busco por gente que tenha a experiência de sobrevivente de guerra.

Busco por gente, que de tanto caminhar, não tenha receio de dizer que seus pés ainda têm muito por machucar.
Quero gente de coragem para comigo conversar.

Gente que saiba que máscaras não dão mais para usar, e sendo seu perfil interno, branco ou preto, tenha a dignidade de revelar.

Busco por gente que chore livremente, sem preconceitos pelas lágrimas derramadas.
Quero gente que saiba exatamente para onde está indo e o que deseja encontrar, mesmo que esta busca jamais venha alcançar.

Busco por gente,"Seres Humanos", que saibam se doar, estes eu anseio por encontrar
Gente que saiba até ferir se precisar, mas que seja valente em seu ato para não mais enganar, a quem quer que seja, e a si próprio.

Gente de decisão, sem argumento para esconder, escusas ações.
Quero gente que é gente, que  mostra a cara, vai à luta e dorme contente.
É desta gente que eu preciso!
Gente liberta, que me dêem um canto em seu colo e saibam me acariciar, sem tempo, sem hora e em qualquer lugar.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Pra eu me apaixonar

Sabe, não sou o tipo de mulher que se apaixona por um rosto lindo e um corpo sarado. Também não me importa se você usa roupa de grife, tem um carro do ano e só bebe destilado importado. Não quero saber se você frequenta as casas noturnas mais badaladas da cidade, e que gosta de mostrar o quão influente é a sua presença nesses lugares.
Eu não sou o tipo de mulher que vai se apaixonar, só porque você me chamou de linda. Muito menos ficarei puxando o seu saco quando você começar a contar vantagem pra cima de mim. Aliás, é provável que eu te ache um babaca se você fizer isso.
1
Eu não quero saber quanto tempo você passou na academia. Nem sobre aquela noitada com os amigos onde todas as mulheres babavam em você. Aliás, se tem um monte de mulher correndo atrás de você, querendo que você saia desfilando com elas do lado, no melhor traje, maior salto e uma make arrasadora, parecendo um pinheirinho de natal de tanto penduricalho, fique sabendo, que eu não sou dessas mulheres.
Talvez seja por isso que até seja difícil eu me apaixonar. Não me encanto por tamanhas futilidades. Às vezes eu me encanto por alguém. Acontece quando você é desses caras que tá de bem com a vida e consigo, mas não precisa esfregar na cara de tudo e de todos isso. Eu me apaixono quando eu vejo que você cuida de mim, sem invadir meu espaço. Se preocupa comigo, mas não me faz sentir uma incapaz. Eu gosto quando você é gentil, pega na minha mão, me olha nos olhos, me abraça.
Se você for inteligente, eu me apaixono. Mas não precisa querer me mostrar o quanto você é inteligente o tempo todo. Eu vou perceber isso quando conversarmos. Aliás, eu me apaixono se você gostar de conversar, e gostar de ouvir.
Olha, vou contar que eu tenho uma queda grande se você tiver um desses talentos bonitinhos, do tipo saber cozinhar ou tocar violão. E gostar de ficar fazendo companhia, durante horas, fazendo um carinho bom… E eu não vou me importar se seu perfume é de marca ou não.. eu gosto de sentir o cheiro da sua pele mesmo… Se eu gostar do cheiro da sua pele, se nossa pele combinar, te garanto, eu serei capaz de me arrepiar inteira apenas com o nosso toque.
Capturar
Eu vou gostar se você me surpreender. Mas nada exagerado. Não quero que você demonstre em público com declarações cheias de potenciais micos. Me surpreende trazendo a meu chocolate preferido, ou me leva pra jantar naquele restaurante que eu adoro.
Eu não quero saber se você vai me dar presentes caros, ou pagar sozinho a conta. Aliás, entendo o pagar a conta como uma gentileza. Não sou dessas neuróticas que quer mostrar que sou independente de qualquer homem e que entende isso como uma ofensa. Mas isso não vai me fazer ficar apaixonada por você. E se você quiser dividir, eu também não vejo problema nenhum. Agora, se você se importa com outras coisas, se demonstra que tem interesse em mim, de saber quem eu sou ou da onde vim, e quer dividir essas coisas comigo também, olha, eu posso gostar de você.
Se o nosso papo flui, se a gente conversa, e gosta da companhia um do outro… se o beijo encaixa, se no gosto encaixa… Se você me admira, e não me vê nem acima, nem abaixo de você, se você valoriza minhas qualidades que vão além de um rosto bonitinho ou de um par de peitos e uma bunda, olha moço, eu tenho grandes possibilidades de me apaixonar por você… Se você me olha nos olhos, me abraça apertado, me faz rir e quer dividir sua intimidade comigo, você me encanta… Se você me pega pra dançar, me beija na testa… Se me puxa de repente e me arranca um beijo… Mas mostra respeito, você tá no caminho certo.
No jeito que você me olha eu sou capaz de perceber se me acha linda, se me acha gostosa. Então me olha, me admira. Repara em cada pedacinho de mim.
E cuida. Dá atenção. Me faz rir. Me arranca gargalhadas. Eu adoro quem faz isso. Não concorda com tudo que eu digo, me contesta. Mostra que você pensa sob outro ponto de vista também. Me mostra que a vida é mais que isso que eu penso. Me ajuda a enxergar coisas novas, vou fazer isso com você também. Me manda uma mensagem no meio do dia dizendo que pensou em mim porque viu algo que eu gosto muito ou porque sentiu saudades. Diz pra eu ficar bem quando nos despedirmos. Me abraça. Diz que não vê a hora de me ver de novo.
Capturar
Saiba, que o que vai me fazer apaixonar por você, não é o que você tem, não é o seu corpo, não são suas “conquistas invejáveis”. O que vai me fazer ficar apaixonada é quem você é, é o que você pensa, e como você me trata. É como estamos em sintonia e como me sinto bem simplesmente por estar ao seu lado.