Bonança: estado do mar quando o tempo Volta a ser próprio
a navegação normalmente após uma tempestade. Se eu pudesse dar um conselho a alguém, seria: a bonança
sempre vem. É difícil enxergar isso nos dias de tempestade. Mas acredite!
Quando você pensar em desistir, olhe para o lado que realmente importa, o lado
de dentro, e então se pergunte qual é a sua razão maior, o seu porquê, o motivo
que te fará mais forte e mais capaz do que qualquer porém. O que o seu Deus
pensa a seu respeito. E vai. Quando você pensar em desistir, por causa
deles, olhe para eles, e se pergunte quando foi que você deixou de ser
importante para si mesmo, quando foi que a imagem refletida do outro lado do
espelho deixou de ser a sua, quando foi que opiniões, críticas e julgamentos de
quem nunca realmente parou para te olhar de verdade invadiram a sua vida e
domaram as suas escolhas dessa maneira. E então deixe ir o peso do outro. Foque
no que te fortalece. Mire no que te faz leve. E vai. Quando você pensar em
desistir, por causa das circunstâncias, se pergunte qual é o propósito de tudo,
da onde vem o aprendizado, o grande legado, o motivo que te fará agradecer
mesmo quando a tristeza vier. E então se concentre no lado bom de todas as
coisas, na sabedoria daquele que te criou, na certeza de que amanhã é sempre
outro dia e que não há sofrimento ou dificuldade que dure para sempre. E
vai. Quando você pensar em desistir, por causa de si mesmo, se pergunte
quem é você e qual é a sua missão nesse mundo. E então avalie se o desistir tem
a ver com ser forte, sábio e consciente ou se é só uma maneira covarde de fugir
da batalha antes mesmo da luta. E se for por falta de tentativa, e se for por
medos e receios de não ser capaz, encontre dentro de si mesmo a força que te
move a levantar da cama todos os dias. E vai. Quando você pensar em
desistir, por causa do tempo, se pergunte o que realmente importa na vida: a
direção ou a velocidade. E então comece a olhar para todas as coisas com a
curiosidade e a aventura da criança e a sabedoria e a experiência do idoso. Do
tempo passado, pegue o que te faz melhor, inspire-se no que te faz sorrir,
orgulhe-se das cicatrizes, colecione histórias, mas siga em frente. Do presente
nasce o recomeço. E o tempo nos ensina que nunca é tarde demais. Agarre-se na
infinidade do agora, seja presente de corpo, alma e coração. Faça sempre o seu
melhor. Seja sempre o seu melhor. Não dê demasiada importância a um futuro que
você nem sabe se vai chegar. Vista o seu melhor sorriso, confie na força da sua
intuição. Arregace as mangas. Tire o sapato. Deixe o vento bater no rosto.
Deixe despentear. E vai. Quando você pensar em desistir, quando o
barco virar e o mar estiver revolto demais, quando a única alternativa que
restar de tudo isso for lutar ou morrer, agarre-se na sua fé, acredite no seu
milagre, pule nas águas. E nade. Quando você pensar em desistir,
justamente porque não sabe nadar, olhe para o mundo com gana de herói, com
olhos de quem desafia o impossível e faz valer a pena cada segundo da vida. E
espere! Espere a tempestade passar, seu barco se estabilizar. E será
surpreendido na costa, por um cara de olhos verdes e coração grande, vindo de
outra tempestade. E seu olhar pode ser o alento que tanto esperava. E quando
chegarem a ilha, terão horas de conversa, carinho, sonhos compartilhados e
cuidado um com o outro. E saberão que valeu a pena navegar até aqui. Só pra ter
esse encontro. Só pra estar dentro desse abraço. Aí está a beleza da
tempestade: enxergar a bonança.